Eletroeletrônicos: exportações crescem 19% e o destaque é a área de material elétrico

Segmento registrou alta de 79% em janeiro, ante igual mês de 2022

Crédito da imagem: Abinee/Divulgação

A indústria eletroeletrônica fechou o primeiro mês de 2023 com saldo positivo nas exportações. Elas somaram US$ 485,8 milhões, 19% acima do registrado em janeiro de 2022. 

Segundo os indicadores da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), o maior percentual de crescimento em vendas externas em janeiro foi da área de Material Elétrico (+79,2%) sobre o primeiro mês de 2022. 

Qual o motivo dessa expressiva alta?

Aqui, na área de Material Elétrico, os destaques foram os desempenhos de vendas externas de fusíveis (+373%) e de disjuntores (+98%). Logo atrás de Material Elétrico, vem a área de Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica (GTD), com crescimento de 68,4% sobre as vendas externas de janeiro de 2022. Já em terceiro no ranking está a área de Automação Industrial (+60,1%). 

No caso, os destaques dessas áreas dizem respeito, respectivamente, às expressivas altas nas exportações de grupos eletrogêneos (+168%) e de instrumentos de medida (+59%). 


Fonte: Abinee

Automação industrial puxa vendas

Já em valores, a área de Componentes Elétricos e Eletrônicos apresentou o maior montante exportado do setor (US$ 210,2 milhões), em alta de 10,6% sobre janeiro de 2022. Em tempo: o desempenho da área foi influenciado pelo aumento nas vendas externas de componentes para automação industrial (+44%), componentes passivos (+32%), componentes para material elétrico de instalação (+16%) e eletrônica embarcada (+14%). Vale citar que esses produtos estão entre os mais exportados do setor.

Segundo a Abinee, também foram confirmados crescimentos nas áreas de Equipamentos Industriais (+34,8%) e Utilidades Domésticas (+3,5%). Mas também houve queda nas exportações.

As áreas de Telecomunicações (-24,9%) e Informática (-17,8%) sofreram baixa. Motivo: principalmente em decorrência das reduções nas vendas externas de estações rádio base (-51%) e caixas registradoras (-56%), respectivamente.

Por fim, as exportações de janeiro de 2023 caíram em 23% na comparação com dezembro de 2023. A retração foi em todas as áreas do setor eletroeletrônico. 

 

 

 

Fonte: Abinee

 

Importações têm alta de 1,3%

Nos indicadores, a Abinee atesta, também, avanço de 1,3% nas importações. Ou seja: em janeiro último o setor eletroeletrônico importou US$ 3,6 bilhões, ante US$ 3,567 bilhões em igual período de 2022. Vale lembrar que a maior taxa de crescimento é da área de  Automação Industrial (+30,8%). Explica-se: esse resultado foi influenciado pela elevação de 35% nas compras externas de instrumentos de medida, que aumentaram de US$ 114 milhões em janeiro de 2022 para US$ 154 milhões em janeiro de 2023.

Conforme a entidade, também apresentaram elevação as importações de Telecomunicações (+24,1%), Utilidades Domésticas (+19,5%) e Equipamentos Industriais (+3,9%). Mas também houve redução de importações. São os casos, por exemplo, das áreas de Material Elétrico de Instalação (-16,7%), GTD (-16,4%) e Informática (-5,7%). Explica-se: essa queda se deve, principalmente, às retrações nas compras externas de lâmpadas (-17%), módulos fotovoltaicos (-22%) e dispositivos de armazenamento não-volátil de dados (-91%), respectivamente. Por sua vez, no caso dos módulos fotovoltaicos, apesar da redução de 22%, esse produto ocupou a segunda posição no ranking de produtos mais importados do setor, somando US$ 323 milhões, ficando depois somente dos semicondutores (US$ 552 milhões).

Tem aí um porém: este montante de semicondutores não se refere somente às importações de um produto, mas sim às compras externas de um grupo de produtos que são classificados como semicondutores, tais como: diodos, transistores, tiristores, circuitos integrados eletrônicos, memórias, etc. 

Sendo assim, individualmente  o produto mais importado do setor foi o módulo fotovoltaico. Enfim, foi verificada, ainda, retração de 1,5% nas compras externas de Componentes Elétricos e Eletrônicos, que contaram com a queda de 30% em componentes para telecomunicações. Em síntese: ao comparar com o mês imediatamente anterior, as importações do setor também cresceram 1,3%.

 

Fonte: Abinee

Saldo comercial: ligeira queda

Já o saldo da balança comercial dos produtos eletroeletrônicos fechou em ligeira queda de 0,9%. Ou seja: foram US$ 3,13 bilhões em janeiro, ante US$ 3,16 bilhões em igual período de 2022. Esse resultado decorreu do aumento de 19,0% nas exportações, que somaram US$ 485,8 milhões, e do incremento de 1,3% nas importações, que totalizaram US$ 3,62 bilhões.

 

Fonte: Abinee