Ferramenta gratuita avalia se a empresa avançou ou precisa avançar em economia circular
Por Delcy Mac Cruz
Serviço lançado pela CNI está disponível também para a indústria eletroeletrônica
Crédito da imagem: Freepik
Otimizar processos com custos reduzidos e sem gerar lixo em excesso é caminho sem volta também para a indústria eletroeletrônica.
Essas metas, aliás, integram a economia circular, conceito estratégico em que os resíduos são insumos para a produção de novos produtos.
Mas como saber em quanto a indústria está inserida nesse modo de produção e como avançou ou precisa avançar em práticas sustentáveis?
Pois a Confederação Nacional da Indústria oferece resposta para isso com a disponibilização de ferramenta pela qual se pode fazer uma auto-avaliação e receber diagnóstico sobre o grau de adoção de práticas e economia circular.
No caso, o diagnóstico oferece recomendações com sugestões de práticas que podem ser implementadas em nome da sustentabilidade da organização.
Qual é o nome da ferramenta?
Rota de Maturidade em Economia Circular.
Para acessá-la, basta criar uma conta com CNPJ e responder ao questionário.
Tem mais: a ferramenta tem acesso gratuito.
Vale lembrar que a iniciativa foi desenvolvida pela CNI a partir de pesquisas do Centro de Pesquisa em Economia Circular da Universidade de São Paulo (InovaUSP) e com apoio da consultoria Upcycle.
Como a ferramenta funciona?
Feito o cadastro do CNPJ neste link, será a vez de responder os questionários. Eles estão em quatro níveis: toda a empresa, uma unidade, um modelo de negócio ou um produto.
Em tempo: o preenchimento dos dados não precisa ser realizado de uma só vez. Ou seja, basta salvar e continuar depois.
A partir daí é feito o diagnóstico no qual serão apresentadas recomendações para aprimorar as práticas sustentáveis. Em tempo: o relatório é customizado.
Enfim, a organização pode refazer o diagnóstico conforme for implementando mudanças. Assim, a trajetória rumo à economia mais verde será acompanhada de perto.
Como é feita a avaliação?
Ela é feita em 4 módulos cuja função é analisar etapas e aspectos diferentes do processo produtivo. Vai do planejamento à pós-venda, conforme destaca a Agência de Notícias da Indústria.
Confira como é cada módulo:
Gestão estratégica: apura atividades de planejamento, execução e monitoramento, inclusive objetos e metas; avalia se os conceitos de circularidade são difundidos entre colaboradores e parcerias nesse segmento.
Planejamento da solução: foca nos processos de desenvolvimento de produtos e serviços, o que inclui pesquisa, desenvolvimento e inovação.
Gestão de recursos: avalia aporte de recursos financeiros e energéticos, para que haja mínima emissão de poluentes e conservação de recursos naturais; analisa toda a cadeia do produto e seu ciclo de vida.
Produção e entrega do produto: aplicação de tecnologias, monitoramento e manutenção de operações circulares e como é feita a entrega aos clientes.
Por que aderir à economia circular?
Ela é um dos quatro pilares da estratégia da indústria para uma economia de baixo carbono, destaca a Agência de Notícias da Indústria da CNI.
Entre os passos essenciais no combate à mudança climática estão promover o reuso e a reciclagem e reduzir a emissão de gases geradores de efeito estufa, como o gás carbônico (CO2).
No mais, essa forma de produção liga o desenvolvimento econômico a um melhor uso dos recursos naturais por meio de novos modelos de negócios, otimização nos processos de fabricação, menor dependência de matéria-prima virgem e priorização de insumos mais duráveis, recicláveis e renováveis.
Enfim, diante tudo isso a ferramenta lançada pela CNI é mais do que bem-vinda.
Práticas internacionais como referência
“A Rota de Maturidade busca guiar empresas em transição para uma economia circular, de modo a apoiar a definição de estratégias e construção de planos de ação para implementação de práticas, tendo as melhores práticas internacionais como referência”, afirma à Agência de Notícia o gerente-executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo.