10 destaques sobre os gêmeos digitais que você precisa saber
Por Delcy Mac Cruz
Projeção da IBM estima que o mercado global dessa tecnologia chegará a US$ 73,5 bi em 2027
Crédito da imagem: Joshua Sortino na Unsplash
O mercado de gêmeos digitais avança a passos bem largos. Embora já seja usada em muitos setores, a tecnologia deverá movimentar globalmente US$ 73,5 bilhões até 2027, segundo a IBM (leia mais aqui).
Antes de seguir adiante, vale perguntar: o que é gêmeo digital?
Em poucas palavras, é a representação virtual de um objeto ou sistema que abrange o seu ciclo de vida.
Ele é alimentado em tempo real e usa a simulação, aprendizado de máquina e raciocínio para ajudar no processo de decisão.
10 destaques
Em linha com isso, o blog FIEE lista a seguir 10 destaques sobre os gêmeos digitais a partir de informações da IBM, do Jornal da USP e de fornecedores da tecnologia.
1 - Ambiente virtual
Na verdade, o gêmeo digital é um ambiente virtual, o que torna o estudo consideravelmente mais detalhado.
“A diferença entre o gêmeo digital e a simulação é em grande parte uma questão de escala: enquanto uma simulação tipicamente estuda um determinado processo, um gêmeo digital pode executar, de maneira autônoma, inúmeras simulações úteis para estudar múltiplos processos”, relata a IBM.
2 - Fluxo de informações de mão dupla
“Os gêmeos digitais são desenvolvidos com base em um fluxo de informações de mão dupla, que começa quando os sensores do objeto fornecem dados relevantes ao processador do sistema e se repete quando os insights gerados pelo processador são compartilhados de volta com o objeto fonte original”, destaca a IBM.
Ao ter dados melhores e atualizados constantemente, referentes a uma ampla variedade de áreas e associados à capacidade de computação que acompanha o ambiente virtual, os gêmeos digitais são capazes de estudar mais problemas de muito mais pontos estratégicos do que as simulações típicas, com o potencial máximo para melhorar produtos e processos.
3 - Exemplos de gêmeos
Há vários tipos de gêmeos digitais, dependendo da capacidade de ampliação do produto.
A maior diferença entre eles é a área de aplicação.
IBM: “é comum haver diferentes tipos de gêmeos digitais coexistindo em um sistema ou processo.”
Confira a seguir os tipos de gêmeos digitais para entender suas diferenças e como se aplicam:
4 - Exemplo prático
Conforme a IBM, o gêmeo digital é um modelo virtual projetado para representar com precisão um objeto físico.
O objeto em estudo, por exemplo, uma turbina eólica, é equipado com vários sensores referentes a áreas vitais de seu funcionamento.
Tais sensores produzem dados sobre diferentes aspectos do desempenho do objeto físico, como produção de energia, temperatura, condições climáticas, entre outros.
Então, esses dados são transmitidos para um sistema de processamento e aplicados à cópia digital.
Uma vez informado com esses dados, o modelo virtual poderá ser usado para executar simulações, estudar problemas de desempenho e gerar possíveis melhorias, tudo com o intuito de gerar insights de alto valor, que poderão ser aplicados no objeto físico original.
5 - Melhoria em P&D
O uso de gêmeos digitais permite realizar pesquisa e desenvolvimento mais eficazes de produtos, com abundância de dados criados sobre os prováveis resultados de desempenho.
Essas informações podem levar a insights que ajudam as empresas a fazer os aperfeiçoamentos necessários no produto antes de iniciar a produção.
6 - Maior eficiência
Mesmo depois de um novo produto ir para produção, os gêmeos digitais podem espelhar e monitorar os sistemas de produção, com o objetivo de atingir e manter eficiência máxima ao longo de todo o processo.
7 - Fim de vida útil do produto
Os gêmeos digitais podem até mesmo ajudar os fabricantes a decidir o que fazer com produtos que chegam ao fim do ciclo de vida e precisam receber processamento final, por meio de reciclagem e outras medidas.
Ao usar gêmeos digitais, eles poderão determinar quais materiais do produto poderão ser coletados.
8 - Não é para todos
“Embora os gêmeos digitais sejam valorizados pelo que oferecem, seu uso não está disponível para todos os fabricantes ou todos os produtos criados”, relata a IBM.
Nem todo objeto é complexo o suficiente para necessitar do fluxo de dados intenso e regular do sensor que os gêmeos digitais demandam.
“Além disso, do ponto de vista financeiro, nem sempre vale a pena investir recursos significativos na criação de um gêmeo digital. (Considere que um gêmeo digital é uma réplica exata de um objeto físico, por isso sua criação pode ser cara).”
9 - Os gêmeos são estratégicos e já podem ser usados para quais setores?
10 - No mercado em menos de 8 anos
Em 2017, o gêmeo digital, como simulador de um sistemas industriais, ainda engatinhava.
“Embora ainda esteja em protótipo, o gêmeo digital tende a tornar os produtos e serviços mais confiáveis”, destaca o Jornal da USP (leia aqui).
Passados menos de oito anos, e essa tecnologia só cresce em mercado.
E já chega, também, às pessoas físicas. É o caso do recém-lançado aplicativo que a Rili.ai, com sede na Bélgica, que faz cópia da imagem da pessoa, realista ou como desenho animado, que fala e movimenta como “seu dono”.