Como a aplicação FWA pode turbinar o mercado de 5G em 5 exemplos.
Por Delcy Mac Cruz
Um deles é que permite conectar a tecnologia de quinta geração em áreas de difícil acesso.
Crédito da imagem: Rawpixel/Freepik
O mercado de banda larga torce pelo avanço da aplicação de acesso fixo sem fio (FWA) para ampliar a tecnologia 5G no Brasil.
Vale destacar que existem vários exemplos para demonstrar a estratégia da FWA, mas antes de ir a eles vale também explicar o que é essa aplicação.
Sigla para Fixed Wireless Access, a FWA, na verdade, é o processo de fornecer banda larga sem fios usando links de rádio entre uma torre de celular e a casa do cliente.
Nessa forma de transmissão não são necessários cabos (a exemplo dos que ligam ao modem ou roteador).
No caso, basta um único aparelho para retransmitir o sinal de 5G.
E esse sinal seria capaz de garantir conexão para todos em um prédio residencial ou em uma empresa.
5 exemplos estratégicos da FWA
Que tal, agora, listar 5 exemplos de como a FWA é estratégica para turbinar a tecnologia 5G, que, aliás, completou o primeiro ano de vida no Brasil?
1 - Permite conectar áreas de difícil acesso
A FWA é ferramenta eficaz para fazer a conexão em áreas de difícil acesso, principalmente periferias de grandes cidades.
2 - Ajuda a monetizar redes 5G
As prestadoras de 5G apostam na FWA para ajudar a monetizar a tecnologia, que, segundo relato da Anatel, já está disponível para chegar a 81% da população brasileira.
3 - Gera concorrência entre provedores
O acesso sem fio à web (wireless) é velho conhecido em pequenos centros urbanos e zonas rurais, nos quais provedores locais já fornecem “internet a rádio”.
Pois com a FWA esses provedores terão serviços mais eficazes para disputar os clientes.
4 - Amplia utilização pela indústria
A FWA, hoje usada para atividades cotidianas, como navegação na web ou streaming de vídeo, é estratégica para ampliar a utilização pela indústria.
Isso porque a aplicação oferece conectividade contínua, segura e de baixa latência - que são essenciais em atividades de alta precisão, caso da redistribuição de energia em tempo real e dispositivos de realidade virtual.
5 - Permite queda de preços
Como não usa fios, a FWA faz cair os preços das redes de bandas largas. Nos EUA, onde a aplicação só cresce, os preços caíram até 42%, segundo empresas fornecedoras do serviço.
Preço do equipamento ainda é alto
Com tantos exemplos positivos, por que a FWA não entra de vez no mercado de 5G do Brasil?
A resposta é uma só: um equipamento FWA para interligar via rádio um edifício ou escritório custa em torno de US$ 200.
Ou seja, é um valor que terá de ser repassado aos clientes.
E qual é a saída?
A saída indicada por prestadoras é algum tipo de incentivo fiscal ou a utilização de recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), tendo em vista o preço elevado do equipamento, que funciona como roteador da rede.
A proposta do incentivo foi apresentada por representantes de prestadoras em evento realizado em abril deste ano com a presença de representantes da Anatel, que regula o setor.