Como o Brasil se prepara para dominar a tecnologia quântica, que já está na segunda geração.

Ela é prioritária para a comunicação de dados e para o desenvolvimento de novas fontes de energia.

Crédito da imagem: Gerd Altmann from Pixabay

Não é de hoje que dispositivos e aparelhos empregados de tecnologia quântica circulam entre nós.

Entre os exemplos estão os semicondutores minúsculos dos chips de celulares e os lasers que leem arquivos de áudio e de vídeo. 

Em outras palavras, essas tecnologias ajudam a sociedade a solucionar problemas altamente complexos por meio de novas formas de computação, comunicação e sensores. 

Entre as aplicações estão o desenvolvimento de novas fontes de energia limpa, monitoramento de mudanças climáticas no planeta, desenvolvimento de novas vacinas de forma mais rápida e precisa, e segurança na comunicação de dados.

Não para por aí. 

Mais recentemente, começaram a entrar em cena equipamentos que exploram a chamada tecnologia quântica de segunda geração. 

Ótimo, não?

Sim, em termos de ofertas de produtos ofertados. Mas profissionalmente estamos preparados? 

Embora o país abrigue o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Quântica, e exista uma comunidade de físicos focada no campo, existe urgência para a formação profissional.

“Faltam profissionais com formação em engenharia trabalhando em campos de tecnologia quântica e permitindo interação entre pesquisa teórica e aplicações práticas”, afirmou o físico Marcelo Terra Cunha, professor da Unesp, em entrevista ao Jornal da Unesp em fevereiro de 2023 (leia aqui).

Vem aí Centro de Tecnologias

O alerta do físico cai como bomba em um Brasil que não pode deixar de surfar na onda dessa nova geração de tecnologia quântica. 

Em meio a tudo isso, o país dá o pontapé em iniciativas. É o caso de instituições públicas que anunciaram parceria para criar o Centro de Competência Embrapii em Tecnologias Quânticas. 

Saiba mais sobre o Centro em 10 explicações: 

1 - Objetivo: viabilizar o avanço das tecnologias quânticas no Brasil 

2 - Quem criou: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii)

3 - Quem é a Embrapii: é uma organização social que atua em cooperação com instituições de pesquisa, públicas ou privadas, para atender ao setor empresarial, com o objetivo de fomentar a inovação na indústria. Possui contrato de gestão com o Governo Federal, por meio dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação, da Educação, da Saúde e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços

4 - Qual é o investimento? R$ 60 milhões

5 - Origem dos recursos: são originários do Programa Prioritário IoT - manufatura 4.0, do MCTI, no âmbito da Lei de Informática (Lei de TICs)

6 - Onde funcionará: no Senai Cimatec, localizado em Salvador (BA) 

7 - Que atividades terá: atividades de pesquisa e desenvolvimento em tecnologias quânticas, formação e capacitação de RH para atividades de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) na área

8 - Terá espaço para startups? Sim, haverá a criação de um ambiente de inovação aberta para a criação e atração de startups, envolvendo parcerias nacionais e internacionais e empresas associadas  

9 - Qual é a ênfase? “O Centro de Competência terá como ênfase a Comunicação Quântica, por meio de novos protocolos e experimentos de distribuição de chaves, e a Computação Quântica com novos algoritmos e sistemas de hardware”, relata Leone Andrade, diretor-geral do Senai Cimatec

10 - Qual é o prazo de vigência do contrato do Centro? 42 meses