Como o metaverso vai expandir as capacidades das indústrias de tecnologia?
Na indústria de tecnologia e na imprensa internacional só se fala em uma coisa ultimamente: o tal do “metaverso”. Empresas muito conhecidas mudaram de nome, anunciaram milhares de vagas de emprego e investimentos bilionários, enquanto já se fala na criação de novas plataformas que irão integrar diferentes metaversos em um só lugar.
O conceito de metaverso ainda não cabe numa definição exata. Há quem diga que é uma união de diversas tecnologias como as realidades aumentada e virtual, a inteligência artificial, a internet das coisas, a multicanalidade, o blockchain, a criptomoeda, enfim, tudo o que pode ser usado para a criação de um ambiente digital por qualquer que seja o modelo de negócios.
Outros têm convicção de que não é um lugar, mas sim um ponto no tempo que está cada vez mais próximo, onde nos tornamos mais virtuais do que físicos devido à transformação digital que foi ainda mais acelerada dos últimos dois anos. Tentar definir o metaverso seria como tentar explicar, em 1989, o que era a internet e como ela impactaria a vida da humanidade.
Há 40 anos, crianças brasileiras que tinham mais condições financeiras tiveram acesso ao primeiro console de videogame no Brasil, que não chegava nem perto do que são os consoles de hoje. O jogo nem colorido era! Não existia internet para a conexão entre os jogadores a distância, na verdade, o único controle com fio era compartilhado entre dois jogadores que tinham como única opção girar seu botão para esquerda ou para direita. Para os jovens atuais é praticamente impossível imaginar como era ser um gamer naquela época, como era viver desconectado do resto do mundo. Considerando o mesmo avanço para os próximos 40 anos, numa projeção exponencial, certamente haverá um enorme salto na forma que iremos nos relacionar, trabalhar e estudar.
Toda essa conexão será muito mais imersiva, multissensorial, digital, cabendo bem aqui o conceito de Phygital, ou seja, a fusão entre o mundo digital e físico de uma vez por todas, com o desenvolvimento de novas experiências de relacionamento e consumo. Em 2020, os artistas Travis Scott e o DJ Marshmello realizaram um show ao vivo dentro de um jogo de videogame para quase 30 milhões de pessoas. Não há prova maior de que os dois mundos já não se separam. Este ano, a empresa criadora desse mesmo jogo anunciou uma rodada de US$ 1 bilhão, para investir na criação do metaverso.
Um estudo apresentado pela Orakolo Tecnologia demonstra que, além de influenciar na forma com que as pessoas utilizam a internet, o metaverso também impactará nos padrões de consumo da sociedade. Por meio da pesquisa apresentada neste estudo e realizada pela Wunderman Thompson Intelligence, nos Estados Unidos, Reino Unido e China, com pouco mais de três mil participantes, foi possível observar que as plataformas de jogos on-line estão se transformando em espaços sociais organizados, que funcionam por meio de colaboração e criatividade. A pesquisa também mostrou que o futuro das compras é um modelo híbrido e que os consumidores esperam que as marcas reforcem sua presença no ambiente digital.
Esta é uma curadoria de conteúdo da RX Brasil sobre como o metaverso vai expandir as capcidades das indútstrias. Para continuar lendo, acesse o site Exame.