Por que é preciso investir em segurança nos sistemas de energia solar
Geração por essa fonte renovável no Brasil deverá crescer 237% nos próximos 4 anos
Delcy Mac Cruz
A geração de energia solar fotovoltaica cresce em ritmo acelerado no Brasil. Esse avanço vem desde 2012, a partir de resolução normativa da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que libera o morador para gerar sua própria energia e repassar o excedente para a distribuidora.
É ótimo para o consumidor, que encontra maneiras de economizar na conta de luz, uma vez que recebe créditos pelo excedente gerado.
E é ótimo para o País, uma vez que o crescimento da geração de energia solar ajuda a consolidar as fontes renováveis (eólica, biomassa e hidrelétrica) como responsáveis por 80% da matriz energética brasileira.
Em termos ambientais, o Brasil dá saltos qualitativos mundiais uma vez que apenas 20% de sua eletricidade é gerada por fontes (poluentes) fósseis, caso do óleo diesel e do óleo combustível usados em geradores.
Energia solar só tende a crescer
De volta a energia solar, ela só tende a crescer.
Atualmente, essa fonte renovável responde por 16 gigawatts (GW) de capacidade instalada, relata a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
No entanto, o estudo “Global Market Outlook for Solar Power 2022-0226” destaca que o Brasil é líder em energia solar na América Latina e deve atingir 54 GW de capacidade até 2026. Ou seja, em apenas 4 anos a capacidade instalada de energia solar no Brasil deverá crescer 237%.
Impressionante, não?
Em boa parte, esse avanço se dará também por conta da redução dos custos de equipamentos e de instalação. E isso incentiva ainda mais consumidores a instalarem geradores fotovoltaicos em telhados.
Ponto a favor da energia solar que, sim, merece celebração.
A questão da segurança
Contudo, vale destacar que ao instalar um sistema de energia solar é pra lá de importante se atentar tanto à qualidade das placas e dos acessórios utilizados.
Ou seja, é preciso segurança na instalação.
Isso para minimizar os riscos de acidentes e, ao mesmo tempo, maximizar a eficiência e qualidade do sistema.
Para tanto, por exemplo, existem normas regulamentadoras (NRs) e as normas brasileiras (NBRs).
Exemplo: já existem quase 40 NRs e todas estão disponíveis gratuitamente na internet. Já as NBRs são elaboradas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que é uma instituição privada.
Ocorre que o não cumprimento de uma NR pode gerar penalidades como multas, até porque são geridas pelo governo federal.
Já as NBRs, apesar de serem reconhecidas pelo governo, não são obrigatórias. Ou seja: não existem sanções legais se não forem adotadas.
E é justamente aí que é preciso investir com segurança na geração solar.
Passos para agir com segurança
Além de enfrentar o clima geralmente adverso, os componentes das instalações solares também devem estar preparados para outros desafios.
Um deles é a má aplicação do gerenciamento de fios e cabos e a falta de estratégia de manutenção, que podem ser catastróficas para o desempenho da planta solar.
Mas, ao contrário de temperaturas elevadas, tempestades e desastres naturais, falhas no gerenciamento de fios e cabos em instalações solares não são apenas previsíveis, mas também facilmente evitáveis para contribuir com o crescimento dessa fonte renovável de energia.
Segundo Nick North, Product Marketing Manager na área de Energia da HellermannTyton norte-americana, se você deseja reduzir riscos e custos adicionais, é preciso seguir dois passos.
Vamos a eles:
Passo um:
Manter a conformidade com regras e normas nacionais e internacionais, atendendo a todos os requisitos.
“Essas normas fornecem uma linha de base para avaliação e inspeção de plantas solares, mas não garantem um longo ciclo de vida das instalações”, aponta North. “Buscar as melhores práticas e adotar programas de garantia de qualidade é que irão garantir o desempenho da planta”.
Como exemplo ele cita os danos provocados ao revestimento do cabo por conta da má aplicação de clips de metal.
Afirma que não é incomum ver trabalhadores batendo em clips de metal baratos e mal projetados com a parte traseira de um alicate ou chave de fenda.
Isso não apenas distorce o clip, o que afeta o desempenho, mas também pode causar danos ao próprio módulo solar.
A solução é usar clips de metal de boa qualidade, projetados para serem instalados com facilidade e eficiência, como a linha EdgeClip, que proporciona uma fixação perfeita dos cabos das instalações solares, e também ferramentas especialmente desenvolvidas para a tarefa.
O conjunto EdgeClip não é apenas resistente à radiação UV, flutuações de temperatura e reações químicas induzidas pelo clima, como também impede que os cabos fotovoltaicos se curvem e sejam danificados, evitando assim curtos-circuitos.
Passo dois:
O segundo passo para ter um bom plano de gerenciamento de fios e cabos é especificar os materiais corretos e ter o produto adequado para a aplicação.
Produtos de plástico não costumam ser indicados para a indústria solar e são frequentemente vistos como uma alternativa inferior ao metal.
Mas, como todos os produtos, a qualidade depende do material e de quem os fabrica, já que nem todos os produtos de gerenciamento de fios e cabos feitos de plástico são desenvolvidos e produzidos da mesma maneira.
Como outros produtos disponíveis no mercado, existem abraçadeiras de plástico com vários níveis de qualidade; não deixe que a reputação de produtos de plástico de qualidade inferior o afaste de procurar e usar uma abraçadeira de plástico mais resistente, bem feita e duradoura.
Confirmando a necessidade de investir em produtos de melhor qualidade, North cita um caso em que uma planta solar estava instalada em um ambiente desértico, mas tinha abraçadeiras de cabo baratas “classificadas para UV” no módulo solar.
Após três substituições em quatro anos, o proprietário desta instalação decidiu que bastava de trocas: ele foi ao mercado e encontrou um produto resistente ao calor constante, variação térmica, vento e sol – os produtos HellermannTyton.
Faça as contas
“Vamos fazer algumas contas”, ressalta North. “Alocar quatro trabalhadores por cinco dias, a US$ 20 por hora, soma US$ 3.200 por ano. Ao longo de cinco anos, o proprietário de uma planta solar poderia gastar US$ 16 mil em mão de obra para substituir apenas as abraçadeiras baratas, aumentando significativamente os custos operacionais. Além do risco de falhas diversas devido à tensão nos fios condutores”.
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