Como a concorrência com eletrônicos importados afeta a indústria nacional
Como a concorrência com eletrônicos importados afeta a indústria nacional
Setor eletrônico, que é tema da FIEE, oferece qualidade maior diante produtos de ‘menor valor agregado’ que vêm de fora
Imagem: Ady TeenagerInRO na Unsplash / Delcy Mac Cruz
Os fabricantes de eletrônicos e eletrodomésticos no Brasil têm um 2025 repleto de desafios.
Entre as ‘pedras no caminho’ estão, por exemplo, o difícil cenário de crédito para produtos de maior tíquete médio.
Essa dificuldade é turbinada pelos juros altos que, por sua vez, encarecem o crédito.
Outro grande responsável pela situação é a concorrência com produtos eletrônicos importados de baixo valor agregado.
Diante disso, a Eletros, associação que representa 37 indústrias associadas, atesta que a produção nacional no primeiro semestre deste 2025 fica 1% menor em relação a igual período de 2024.
O que vai acontecer?
Nem tudo, porém, é notícia ruim.
O setor de eletrônicos, que estará presente com visitantes e expositores na FIEE (Feira Internacional da Indústria Elétrica, Eletrônica, Energia, Automação e Conectividade), que será realizada entre os dias 9 e 12 de setembro no São Paulo Expo, na capital paulista, demonstra resiliência.
E, mais do que força para enfrentar a situação, o setor tem situações que sopram em seu favor.
Tome o caso do ar-condicionado
As vendas desses aparelhos seguem crescentes pelas ondas de calor e, conforme a Eletros, cresceram 21% no primeiro semestre.
Segundo a entidade, há espaço de sobre para crescimento da categoria, uma vez que 280 milhões de lares brasileiros ainda não possuem o aparelho.
No mais, o Brasil figura como segundo maior produtor global de equipamentos logo atrás da China. Sendo assim, os fabricantes nacionais têm, também, mercado externo para ampliar as vendas.
E-commerce em alta
Outra força que se mantém em alta é a venda de produtores nacionais por meio do comércio eletrônico (e-commerce).
Projeções de entidades e de especialistas no assunto dão conta de que as vendas online de eletrônicos e de eletrodomésticos deverão crescer 10% neste ano na comparação com 2024.
Vendas recordes
Vale lembrar, enfim, que o desempenho da indústria nacional cresceu as vendas para o varejo em 29% no ano passado. Segundo a Eletros, foi o melhor resultado em uma década.
Sendo assim, mesmo que o desempenho não se repita neste ano, ninguém aposta em vendas fracas, mesmo diante dos obstáculos citados neste texto.