Como o CIO deve correr em projetos sem perder tanto tempo com questões operacionais 

Como o CIO deve correr em projetos sem perder tanto tempo com questões operacionais 

Estudo oferece insights em auxílio à tomada de decisão desses profissionais; saiba mais aqui

Temas urgentes podem tomar o tempo de gestão dos CIOs (diretores de tecnologia) e não agregar valor às empresas.

Esses profissionais sabem que precisam avançar em projetos de tecnologia digital, e que organizar agenda de prioridades é pra lá de estratégica, mas esbarram no dia-a-dia de temas operacionais típicos da pressão.

Estas informações integram a quarta edição do estudo “Jornada CIO”, da Lozinsky Consultoria (acesse a íntegra do documento aqui).

O que é o estudo - A quarta edição do Jornada CIO contou com 174 respostas válidas de profissionais em atuação em empresas no Brasil. Foi produzido entre novembro de 2024 e maio de 2025.

Insights de auxílio - O documento, segundo os organizadores, traz “insights que podem auxiliar e influenciar as lideranças empresariais na tomada de decisões sobre tecnologia e os desafios que a orbitam: pessoas, governança, processos, gestão.” Em resumo, a Jornada CIO é um instrumento executivo que ajuda a apontar possíveis respostas e caminhos para tais questões.

O blog da FIEE apresenta a seguir destaques do documento:

Demandas urgentes

Para 42% dos CIOs respondentes, a TI “tem atuação predominantemente alinhada com o planejamento, mas precisa responder a demandas urgentes”.

Outros 39% dizem estar “empreendendo esforços para migrar de uma atuação imediatista para uma mais orientada a planejamento”.

Orientar-se pelo planejamento e deixar o imediatismo para trás parece ser o Santo Graal do líder de TI, tanto que os percentuais das alternativas mencionadas acima foram semelhantes na edição anterior da pesquisa (47% e 32%, respectivamente).

Porém, um dos aspectos que faz parte da natureza da gestão de tecnologia é, justamente, ser capaz de resolver desafios inesperados. 

‘Dores do negócio’

Segundo o estudo, o desejo do CIO, na verdade, parece ser muito mais por não ser pressionado para que a TI atue como uma espécie de panaceia para as dores do negócio.

“O CIO deve manter-se atento às oportunidades de transformação junto ao negócio, atuando como parceiro estratégico e não apenas como gestor operacional. Para isso, é fundamental evitar que o envolvimento excessivo no dia a dia das operações comprometa sua visão estratégica”, destaca o gerente de TI participante do estudo.

“Um processo sólido de gestão e governança é essencial para garantir que as demandas sejam priorizadas de acordo com os objetivos da organização e com o valor agregado de cada iniciativa. Assim, assegura-se uma relação equilibrada entre TI e as demais áreas, fomentando um ecossistema integrado e colaborativo, em vez de silos que dificultam o diálogo e a inovação.”

Conhecer o negócio é regra

Enfim, Sergio Lozinsky, CEO e sócio-fundador da Lozinsky, destaca que “a tecnologia vai ser cada vez mais um assunto fundamental, e o CIO, ou o postulante ao cargo, precisa ver isso como uma oportunidade.”

“O básico para realizar essa tarefa está mapeado – formar uma boa equipe, se atualizar, conhecer o negócio. Mas, individualmente, o momento pede de cada um uma auto análise, seja para permanecer na empresa atual ou se qualificar para uma nova posição no mercado. Cada organização tem seu jeito, sua identidade, e o líder de TI precisa pensar no que pode fazer de diferente em cada uma delas para navegar nesses desafios”.

Imagem: Galina Nelyubova na Unsplash

Delcy Mac Cruz