Por que mesmo fora de programa de incentivos, os veículos eletrificados seguem com as vendas em alta 

Por que mesmo fora de programa de incentivos, os veículos eletrificados seguem com as vendas em alta 

Comercialização cresceu 22,5% em julho ante junho último e reforça ecossistema de bens e serviços do setor, presente na FIEE

Imagem: Detran RS  /  Delcy Mac Cruz 

Os carros básicos, com baixo nível de emissões, ajudaram no desempenho das vendas de veículos no Brasil.

Elas cresceram em 13,75%, muito em função do programa de incentivo fiscal Carro Sustentável que, desde 10 de julho, isentou o IPI dos veículos básicos com baixas emissões.

Esse programa não inclui os veículos elétricos e híbridos (movidos a eletricidade e a um combustível).

No entanto, esses modelos registraram vendas 22,5% maiores também em um mês.

 

Como foi esse crescimento?

 

Segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), a comercialização dos chamados eletrificados (puramente elétricos e híbridos) em julho somou 19 mil unidades, avanço de 22,5% ante junho e de 24,2% em relação a julho de 2024.

Esse crescimento de vendas seria ainda maior caso a entidade colocasse na lista os chamados híbridos leves.

 

Híbridos leves?

 

Trata-se de um tipo de veículo que inicia fabricação no país - integra linhas da Chery e Fiat.

Aqui, o motor elétrico ajuda o motor a combustão, mas não oferece a experiência do funcionamento elétrico.

Em resumo: sejam híbridos leves, híbridos e elétricos, o segmento avança sem caminho de volta - o que reforça um ecossistema que inclui fornecedores de bens e serviços participantes da FIEE, única feira de negócios no Brasil que apresenta equipamentos, produtos, soluções e tendências em instalações elétricas e eletrônicas para todos os tipos de indústrias.

Há mais de 60 anos no calendário do mercado, o evento oferece quatro dias - entre 09 a 12 de setembro - totalmente dedicados para as empresas também do mercado de veículos eletrificados.


Por que fora do Carro Sustentável?

 

Os 100% elétricos estão fora do programa porque ainda não são fabricados no Brasil. Para estarem no ‘Carro Sustentável’ precisam gerar emprego no país.

Já no caso dos híbridos - mesmo dos movidos a etanol, caso dos modelos Toyota -, eles também ficam de fora por não se enquadrarem na categoria “popular".

 

Qual é a tendência de vendas?

 

Segundo a entidade representativa dos fabricantes, a tendência é crescimento contínuo de vendas.

É que os eletrificados também avançam conforme caem os seus preços - e eles, conforme a associação, irão cair conforme a fabricação avance em fábricas em início de operação no território nacional.

 

A ABVE destaca que o volume dos puramente elétricos e híbridos (entram aí os leves) totaliza 139,2 mil unidades no primeiro semestre. Trata-se de crescimento de 47,2% ante igual período de 2024.


Em linha com isso, as frotas de híbridos e elétricos já representam 10% do mercado doméstico.

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