Fornecedores ampliam negócios com a oferta de serviços além da entrega de energia
Fornecedores ampliam negócios com a oferta de serviços além da entrega de energia
Modelo conhecido como ‘energy as a service’ avança junto com o mercado livre
Crédito da imagem: Raízen / Delcy Mac Cruz
A ampliação do mercado livre de energia, em que o consumidor escolhe o fornecedor, tem gerado mais do que contratos de compra e venda de eletricidade.
Em linha com o avanço desse mercado, tem crescido no país o modelo de negócio ‘energy as a service’ (energia como serviço).
Infraestrutura - Conhecido pela sigla em inglês EaaS, esse modelo prevê que os clientes paguem pelo serviço de compra de energia sem precisar investir, por exemplo, em infraestrutura para receber essa energia.
Em resumo: essa infraestrutura é assumida pelo fornecedor no contrato com o cliente, cujo prazo é variável.
Exemplos: Integram essa infraestrutura instalações e serviços como eletrificação de frotas e otimização energética.
Potencial gigante pela frente
O mercado de EaaS tem grande potencial de crescimento no país, já que o mercado livre está aberto, neste ano, para consumidores de alta tensão, que têm demanda menor que 500 kilowatts (kW).
40 mil - Até então, só quem possuía demanda acima de 500 kW poderia escolher seu fornecedor de energia, ou seja, 40 mil unidades consumidoras, segundo a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel).
90 milhões - No entanto, o universo desses consumidores vai a 90 milhões de unidades consumidoras em todo o país, destaca a entidade.
Fornecedores - Enfim, vale destacar que, conforme avança, o EaaS reforça, também, a demanda de fornecedores do ecossistema eletroeletrônico.
Exemplos de empresas com serviços EaaS
O blog FIEE lista a seguir dois exemplos de fornecedores de energia que já oferecem serviços EasS no mercado brasileiro.
Huawei e REVO: incentivo à geração própria
A Huawei Digital Power, unidade de negócios de energia solar da multinacional chinesa, se uniu à REVO Energia para levar ao mercado a oferta de energia como serviço.
Com a união, oficializada em abril, o objetivo é oferecer o serviço de EaaS para clientes de baixa tensão, ou seja, que possuem conta de energia de até R$15 mil.
Os clientes, que podem ser pessoas físicas ou jurídicas, passam a gerar sua própria energia em casa, no próprio estabelecimento e em sua propriedade rural, por exemplo, utilizando equipamentos tecnológicos de última geração da Huawei.
No novo modelo, a expectativa é que os clientes que aderirem ao serviço possam economizar até 20% em suas contas de energia já no primeiro mês. Ao final do contrato, em média de dez anos, toda a usina instalada passa a ser do cliente (saiba mais aqui).
Ligga: ‘energia por assinatura’
O conceito de compra de energia por assinatura, que integra a EaaS, avança entre empresas fornecedoras no país.
Entre elas está a Ligga, que garante 20% na conta de luz dos clientes com o serviço, lançado em outubro de 2023 (mais aqui).
Como funciona: o cliente não precisa fazer a gestão direta da infraestrutura de energia renovável em casa.
Quem gera: isso é possível porque a energia é gerada por cooperativas especializadas, que produzem eletricidade e a direcionam para uma concessionária.
Intermediação: a Ligga faz o intermédio entre esta concessionária e a casa ou empresa do cliente.