Mercado livre de energia: entrada de consumidor de baixa tensão deve movimentar R$ 45 bi por ano
Mercado livre de energia: entrada de consumidor de baixa tensão deve movimentar R$ 45 bi por ano
Montante é estimado em estudo de consultoria da PwC
Foto: Freepik / Delcy Mac Cruz
A entrada dos consumidores de baixa tensão no mercado livre de energia deverá gerar movimentação de até R$ 45 bilhões anuais, destaca estudo da Strategy& Brasil, da PwC.
Hoje, esses consumidores estão fora do Ambiente de Contratação Livre (ACL), ou mercado livre, no qual o cliente, via comercializador, adquire a eletricidade em um contrato com valor compensador diante das tarifas convencionais das distribuidoras.
Quem são: eles têm perfil residencial, pequeno comércio rural e são de baixa tensão.
Trata-se da maioria dos consumidores, que recebem energia elétrica em tensões nominais até 1 mil volts (V). E que paga pela eletricidade consumida às distribuidoras.
Esses consumidores chegam a 80 milhões dos 89 milhões cadastrados em 2023 no país.
Quem está hoje no mercado livre: desde janeiro de 2024 podem participar consumidores em alta tensão e que têm contas acima de R$ 9 mil (leia mais a respeito aqui).
Até então, somente podiam participar consumidores com demanda de no mínimo 500 quilowatts.
O que a baixa tensão precisa para entrar no mercado livre: depende de decisões do Ministério de Minas e Energia (MME) ou do Congresso Nacional.
Por que o consumidor de baixa tensão é estratégico
No estudo, a Strategy& Brasil destaca os motivos da estratégia desse consumidor para o mercado livre.
O blog FIEE lista a seguir destaques do estudo:
Os consumidores de baixa tensão integram um grupo caracterizado pelo baixo consumo unitário, mas pela grande quantidade de clientes, ou seja, mais pulverizados.
Os clientes têm baixo conhecimento sobre o setor elétrico e ainda não estão no Ambiente de Contratação Livre (ACL).
Por isso, demandam atendimento em escala, como ofertas empacotadas, canais de relacionamento e procedimentos automatizados.
Com a abertura do mercado e a migração, espera-se um grande potencial para os players que se prepararem com antecedência para atender a esse segmento.
A expectativa é de CAGR próximo de 40%, volume aproximado de 30 gigawatts-médios (GWm) e movimentação de até R$ 45 bilhões anuais.
Enfim, essa movimentação é expressiva diante da projeção de todo o mercado livre que, conforme a consultoria, deverá movimentar R$ 120 bilhões em 2040.