Por Delcy Mac Cruz

Implantada pela ABNT, trata-se de um guia para empresas padronizarem processos de implementação

Crédito da imagem: AEERJ/Divulgação

Não é novidade para ninguém que a adoção de práticas sociais, ambientais e de governança (conhecidas pela sigla em inglês ESG) entrou para a agenda estratégica de empresas de diferentes setores. 

Todos sabem, também, que essas práticas passaram a dominar a pauta do ambiente corporativo.

É aí que vem o porém: faltam regras e padrões mundiais para que o ESG seja fincado de vez como estratégia de negócios. 

Melhor: faltavam.

Isso porque em dezembro o país ganhou a norma inédita intitulada “Prática Recomendada 2030 – Ambiental, social e governança (ESG) – Conceitos, diretrizes e modelo de avaliação e direcionamento para organizações”.

Lançada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), a novidade entra em cena para contribuir com a adoção de parâmetros para a adoção e avaliação dos critérios ESG. 

Em resumo, trata-se de um guia para que empresas (e não só do Brasil, mas do mundo inteiro) possam padronizar processos.

No caso, esses processos dizem “respeito a aspectos de administração e gestão corporativa em que questões como o impacto de uma empresa na sociedade, no meio ambiente ou sua relação com seus próprios funcionários são levados em consideração na tomada de decisões e geração de valor”, relata, em nota, o presidente da ABNT, Mario William Esper.

Antes de seguir adiante, vale destacar que o guia foi elaborado pela Comissão de Estudo Especial (CEE-256) de ESG da ABNT, tem 145 páginas, e pode ser adquirido na ABNT Catálogo.  

O que traz o guia? 

• Inclui modelos de gestão, com exemplos de boas práticas a serem adotadas em cada um dos 40 critérios propostos, sendo 14 no tema ambiental, 15 no social e 11 no de governança. 

• Estabelece, também, modelo de avaliação e direcionamento, composto por escala de cinco níveis evolutivos. 

• Aqui, o objetivo é permitir à organização identificar seu estágio de maturidade em relação a um determinado critério ambiental, social ou de governança e estabelecer metas de evolução. 

A quem se aplica

Vale frisar que, segundo a ABNT, o guia é aplicável a todos os tipos de organizações, sejam elas privadas ou públicas, entidades governamentais e organizações sem fins lucrativos, independentemente do porte e área de atuação.