Novos caminhos para o setor elétrico, por Adriano Pires e Pedro Arthur Pedras

Uma das consequências econômicas do atual modelo do setor elétrico brasileiro é a inversa relação que vivenciamos entre nível dos reservatórios e níveis de preço de curto prazo, enquanto um sobe o outro desce, essa é a realidade do sistema Brasileiro, a alta volatilidade, sem qualquer mecanismo de amortecimento.

Isto decorre da contínua exaustão anual dos reservatórios, levando-os ao final de período seco, a patamares de 20% de armazenamento, o que não atende sequer um mês de demanda.

O racionamento por preço já ocorre anualmente, quando os preços invertem a ótica econômica de produção, e atingem valores elevados nos momentos de forte depleção dos reservatórios.

Orientando economicamente algumas indústrias que é melhor parar de produzir e vender sua energia no mercado de curto prazo. Se as oscilações anuais dos reservatórios são em média da ordem de 30 pontos percentuais, saindo de um armazenamento de 55% para 25% ou 20%, a variação de preços de curto prazo, PLD (Preço de Liquidação das Diferenças), publicados pela CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), oscila de R$40 a R$500, isto é, uma variação superior a 1.000% nos preços de curto prazo.

Fica evidente que é preciso encontrar uma solução, como por exemplo ter a meta de encerrar o período úmido com reservatórios na casa dos 80%, para pós período seco estarem em patamares acima de 40% . Assim não teríamos ao final do período seco um armazenamento próximo a 20% e sim um armazenamento superior a 40%.

Fica a pergunta de qual a vantagem de ter fortes oscilações de preços de curto prazo, proporcionalmente tão maiores aos volumes de armazenamento? Qual a lógica e benefícios de ordem econômica e operacional dessa estratégia?

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