Por que gigantes da energia miram o setor de transmissão no Brasil
Por que gigantes da energia miram o setor de transmissão no Brasil
Risco operacional relativamente baixo e contratos de longo prazo estão entre os atrativos do segmento
Imagem: Evening_tao na Freepik / Delcy Mac Cruz
Gigantes do setor de energia apostam na participação do mercado de transmissão no Brasil.
Um teste para comprovar essa aposta é o Leilão de Transmissão que a Aneel realizará na B3 no dia 31 deste mês de outubro, com investimentos estimados em R$ 5,5 bilhões (leia mais aqui).
Por sua vez, um termômetro do interesse pelo Leilão é a consulta pública aberta pela Aneel entre abril e maio, na qual os interessados faziam contribuições. Foram 216 contribuições de 39 participantes.
Por que a transmissão atrai?
O segmento de transmissão é tido como negócio de fluxo de caixa previsível, com contratos de 30 anos, receita fixa corrigida pelo IPCA e risco operacional relativamente baixo.
Esse perfil de empreendimento atrai capital de longo prazo (fundos de pensão, soberanos e private equity) e incentiva empresas a reciclar capital.
Ou seja, “vendem ativos maduros para financiar crescimento em novas frentes”, relata o jornal Valor Econômico.
Anderson Brito, chefe do banco de investimento do UBS BB, disse ao Valor que o segmento tem ainda performance positiva na bolsa, com investidores buscando exposição em energia por se tratar de um dos setores defensivos.
Melhor dizendo: transmissão é um setor resiliente e está na pauta de diversos players.
Gigantes
Integram a lista de players participantes de leilões de energia grupos como Isa Energia, Alupar, Taesa, Engie, CPFL Energia, entre outros.
Até a conclusão deste texto, não foi divulgada a lista dos participantes do Leilão de Transmissão da Aneel.
Mas o segmento demonstra atratividade de sobra, mesmo com riscos crescentes, como a judicialização de licenciamento ambiental, custos de implantação pressionados pela inflação de materiais e a possibilidade de ajustes regulatórios.
