Por que o Congresso da Indústria Eletroeletrônica da FIEE é tão estratégico, segundo Daniela Garcia
Por que o Congresso da Indústria Eletroeletrônica da FIEE é tão estratégico, segundo Daniela Garcia
Ela fará a curadoria da temática “Eletromobilidade além das metas ESG” do evento, que integra a programação da Feira
A FIEE, única feira de negócios no Brasil que apresenta equipamentos, produtos, soluções e tendências em instalações elétricas e eletrônicas, terá um atrativo extra na edição deste ano, que será realizada entre 09 e 12 de setembro no São Paulo Expo.
Trata-se do 1º Congresso da Indústria Eletroeletrônica. Serão três dias de conteúdos com especialistas e grandes nomes do setor, com programação entre 9 e 11 de setembro, em um palco 360º com destaque dentro da FIEE.
Daniela Garcia, diretora de parcerias estratégicas da Invest in Latam, fará a curadoria da temática “Eletromobilidade além das metas ESG” do Congresso.
Em entrevista ao blog da FIEE, Daniela comenta sobre o Congresso e avalia tendências da indústria eletroeletrônica, que também integra o ecossistema de veículos eletrificados.
O ecossistema eletroeletrônico acompanha e participa do rápido avanço do mercado de veículos eletrificados no país. Diante desse crescente mercado, qual deve ser o foco de investimentos dessa indústria de componentes, automação, digitalização, entre outros?
Daniela Garcia - A receita passa por três pilares integrados:
● Tecnologia e inovação local – investir em P&D no Brasil, fomentando a produção de componentes de alto valor agregado, como sistemas de gestão de energia, baterias e semicondutores, para reduzir a dependência externa.
● Integração ESG na cadeia – desde a escolha de matérias-primas de baixo impacto até processos industriais eficientes em consumo de energia e emissões, assegurando rastreabilidade e circularidade.
● Digitalização e automação – acelerar a adoção de soluções de indústria 4.0, inteligência artificial e IoT para tornar a produção mais flexível, eficiente e conectada às novas demandas de mobilidade elétrica.
O investimento deve ser estruturado para atender não só ao mercado interno, mas também para posicionar o Brasil como exportador de soluções sustentáveis, aproveitando a oportunidade da reindustrialização verde.
Como o Congresso FIEE deve contribuir para com os empresários do setor eletroeletrônico diante do avanço dos eletrificados - que é tão variado quanto novo?
Daniela Garcia - O Congresso FIEE tem a capacidade única de conectar indústria, inovação e mercado. Ao reunir fabricantes, integradores, startups, governo e academia, cria-se um ambiente para:
● Mapear oportunidades concretas dentro da cadeia de valor, desde infraestrutura de recarga até sistemas embarcados.
● Compartilhar tendências globais e cases de sucesso que possam ser adaptados ao contexto brasileiro.
● Estimular parcerias estratégicas para desenvolvimento conjunto de produtos e tecnologias.
Mais do que debater o futuro, o Congresso deve transformar conhecimento em estratégia, permitindo que empresários entendam onde investir, como escalar e como se inserir competitivamente nesse novo ecossistema.
O que falta para gerar mais estabilidade jurídica e, assim, permitir com que a indústria eletroeletrônica atuante no mercado de eletrificados invista com esse mercado exige?
Daniela Garcia - O avanço depende de marcos regulatórios claros, estáveis e de longo prazo. É preciso:
● Estabelecer políticas públicas previsíveis para incentivos fiscais e financiamento à produção local de componentes críticos.
● Harmonizar normas técnicas e padrões de interoperabilidade para garantir segurança e competitividade.
● Criar uma agenda de transição energética alinhada entre União, estados e municípios, que dê segurança jurídica para contratos de longo prazo.
Com estabilidade regulatória e previsibilidade, a indústria poderá planejar investimentos robustos, ampliar capacidade produtiva e inovar com mais confiança, acelerando a integração do Brasil à cadeia global de mobilidade elétrica.
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09 a 12 de Setembro 2025
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