Avanço da conexão amplia serviços de telessaúde em áreas remotas do país  

Avanço da conexão amplia serviços de telessaúde em áreas remotas do país

 

No Pará, o projeto Saúde Digital leva teleconsultas a localidades distantes como o Quilombo Boa Vista

Foto: Freepik / Delcy Mac Cruz

 

As teleconsultas, que são comuns nos grandes centros urbanos, eram raras em áreas isoladas do Brasil. Motivo principal: a precária conexão, necessária para viabilizar o serviço. 

Essa trava, no entanto, está com os dias contados. E, em muitos casos, já é passado. 

Isso porque a ampliação de redes 5G e mesmo 4G melhoram a conectividade e, assim, as teleconsultas ganham escala no território nacional. 

 

Projeto no Pará - Um bom exemplo é o projeto Saúde Digital, vinculado ao Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) da Universidade do Estado do Pará (UEPA)

Criado para integrar as tecnologias digitais ao cuidado da saúde, ele se propõe a proporcionar maior acessibilidade, eficiência e personalização no atendimento aos pacientes. 

Na verdade, a proposta soa como desafio até porque os 8,2 milhões de moradores do Pará estão espalhados em uma área de 1,2 milhão de quilômetros quadrados. 

Em termos comparativos essa área é quatro vezes maior que a da Alemanha, com 358 mil quilômetros quadrados. 

 

Graças à conectividade - O projeto colhe resultados positivos em seu foco principal, que é a telessaúde. 

No caso das teleconsultas, por exemplo, o Saúde Digital oferece oito especialidades, entre elas neurologia, cardiologia, dermatologia e urologia. 

Graças a melhor conectividade, pontos de telessaúde estão se espalhando pelo Pará, o que leva o atendimento online para perto de moradores em áreas remotas como o Quilombo Boa Vista. 

 

Próximos passos - O projeto da UEPA prevê agora chegar a 30 municípios de difícil acesso no Estado. E ampliar, também, a participação de profissionais da instituição, que possui 22 campus.

Entretanto, essa ampliação exige também preparo e adequação dos profissionais com ferramentas digitais, afinal além de teleconsultas há webpalestras. 

Em recente encontro, gestores do projeto avaliaram formas de aprimorar a integração e o desenvolvimento das tecnologias digitais na saúde, com foco especial na Telessaúde. 

Entre os tópicos abordados estiveram a expansão do acesso aos serviços de saúde digital, a implementação de novas tecnologias e a formação contínua dos profissionais de saúde para o uso eficaz dessas ferramentas. 

 

Fóruns virtuais - Em linha com essa formação, instituições ampliam suas estruturas de telessaúde. 

É o caso, por exemplo, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que oferece a realização de fóruns virtuais focados em temas ligados aos profissionais de saúde (leia mais a respeito aqui).