Novas tecnologias elevam os resultados de empresas de 26 países, entre eles o Brasil
Novas tecnologias elevam os resultados de empresas de 26 países, entre eles o Brasil
Inovações como a IA são responsáveis pelo saldo, aponta relatório com profissionais da área de tecnologia
Image by Gerd Altmann from Pixabay / Delcy Mac Cruz
Os custos de incorporação de novas tecnologias turbinam a ansiedade entre os profissionais da área de tecnologia já que são eles quem irão indicar tais investimentos para as empresas.
Por sua vez, vem o que se denomina, no meio, do “Fear of Missing Out (FOMO)”, ou “medo de perder algo.”
Entretanto, incorporações que investem em inovação tecnológica não têm do que reclamar.
É o que destaca a última edição do relatório anual “KPMG Global Tech Report”, que colheu opiniões de mais de 2.500 profissionais da área de tecnologia de 26 países, entre eles o Brasil.
As atividades dos participantes estão distribuídas em uma ampla variedade de setores, especialmente os serviços financeiros, a indústria tecnológica e o varejo.
A seguir, o blog da FIEE apresenta destaques do relatório da KPMG sobre o impacto de tecnologias como a IA:
Benefícios: 87% dos entrevistados relatam ter obtido maiores benefícios (para as empresas) como resultado de investimentos em tecnologia. Esse percentual representa aumento de 25 pontos percentuais em relação ao relatório anterior, de 2023.
Satisfação: dois terços dos líderes entrevistados (66%) afirmaram estar satisfeitos com o valor gerado por esses investimentos.
IA no negócio: 74% destacaram ter implementado corretamente a Inteligência Artificial (IA) em seus negócios.
Consciência maior: os resultados do relatório de 2024 mostram que os líderes estão agora mais conscientes e estratégicos em suas escolhas, sem perder de vista as tendências seguidas por seus pares no mercado.
Estudo traz pontos de discussão
Nem tudo, porém, é resultado positivo.
Um dos principais pontos de discussão do estudo foi a grande proporção de líderes participantes que afirmaram sentir que estão “lutando” para acompanhar o ritmo das mudanças (78%). Como resultado, isso gera uma sensação quase permanente de “ficar para trás” em relação aos concorrentes.
“De fato, segundo os resultados do estudo, espera-se que os líderes do setor passem a basear suas decisões de investimento sobretudo em evidências primárias (ou geradas internamente), apoiando-se também em uma gama mais ampla de fontes de informação”, destaca, em nota, Marcio Kanamaru, sócio-líder de Tecnologia, Mídia e Telecomunicações da KPMG no Brasil e na América do Sul.
“Drivers” de investimento
Segundo o executivo, “essa conclusão está diretamente relacionada ao fato de que, em comparação ao relatório anterior (2023), todos os chamados ‘drivers’ de investimento (isto é, decisões orientadas por terceiros, incluindo reguladores; testes internos e provas de conceito; a propensão a copiar a concorrência; o retorno sobre o investimento; e/ou os custos de implementação, entre outros) experimentaram um aumento médio de 15 pontos percentuais.”
Enfim, destaca que “como resultado, a mudança de enfoque nas decisões de investimento está aumentando o valor gerado pela tecnologia no ambiente empresarial, o que leva os líderes tecnológicos a compreenderem a importância de priorizar iniciativas tecnológicas com base em seu valor para o negócio.”
Essa abordagem foi destacada pelos executivos como um fator determinante para que as organizações prosperem na economia digital atual.
“Nesse sentido, o estudo enfatizou que as organizações com melhor desempenho serão, de fato, aquelas que tiverem a capacidade de alinhar sua carteira de investimentos em tecnologia aos seus objetivos de longo prazo (53% dos entrevistados avaliaram dessa forma)”, finaliza.