Onde o 5G vai bem junto à indústria nacional

Saldo positivo é registrado em testes iniciais feitos pela ABDI e WEB/V2COM

Crédito da imagem: WEB/V2COM Divulgação

A rede 5G tem sinal verde nos primeiros testes feitos junto à indústria brasileira. 

É o que destaca série de testagens práticas de conectividade em rede da quinta geração de telefonia móvel empreendida pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a WEG/V2COM

Trata-se da primeira fase dos testes em ambiente industrial iniciada no fim de 2020 e cujos resultados foram divulgados em novembro de 2022. 

No caso, o foco dos experimentos teve como base o Release-15 do 3GPP, que definiu o 5G standalone, trazendo as especificações para um núcleo totalmente autônomo das redes anteriores LTE. Leia aqui mais sobre Release-15. 

Como os experimentos foram feitos? 

O principal objetivo era testar a conectividade de diversos dispositivos IoT à rede 5G em um ambiente real de produção na fábrica da WEG Drives & Controls, localizada em Jaraguá do Sul (SC), para avaliar a viabilidade de conexão nessa nova tecnologia e identificar os benefícios que podiam ser obtidos com a transição para o 5G.

Quais os resultados?

Desempenho: indicaram que a quinta geração móvel oferece, para aplicações industriais, desempenho superior ao Wi-Fi atualmente utilizado, com maior confiabilidade, cobertura de rede e capacidade de maior densificação da malha de conexões. 

Adoção: o relatório concluiu que a tecnologia está madura para adoção imediata em plantas fabris.

Velocidade: “no geral, os testes realizados validaram as premissas de capacidade do 5G em seu Release 15, permitindo velocidades de tráfego de dados em torno de 80% do limite teórico, algo aceitável para um ambiente industrial onde, inerentemente, estão presentes interferências físicas e eletromagnéticas”, destacam os empreendedores na conclusão do estudo.

Uso inovador: “tais capacidades técnicas permitiram a instalação de casos de uso inovadores, não possíveis em redes Wi-Fi industriais, como o Robô de Inspeção com VR (Realidade Virtual) e as Câmeras Inteligentes”, relatam.

Novos casos: “concluindo, com base nos testes realizados até o momento, é possível afirmar que o 5G permitirá, em seus aspectos técnicos, a criação de novos casos de uso na Indústria 4.0 e a massificação de casos de uso já existentes, mas disponíveis em número limitado”, emendam. 

Etapas: enfim, os resultados apresentados permitem avançar para as próximas etapas de avaliação de modelos econômicos de redes 5G.

Clique aqui para acessar pdf do resumo estudo.

Testes entram em nova fase

Começam neste mês de dezembro a nova fase dos testes práticos de conectividade em rede 5G. 

A continuidade se dá por meio de nova parceria firmada entre a WEB/V2COM e a ABDI, conforme nota da entidade. 

Na nova fase, os testes em ambiente real também serão conduzidos pelo projeto Open Lab 5G WEG-V2COM. 

Por sua vez, a execução é acompanhada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que, desde 2020, tem com a ABDI Acordo de Cooperação Técnica para permitir a realização de experimentos de redes privativas de 5G em três ambientes: indústria, agricultura e cidades inteligentes.

Em tempo: desta vez, os testes práticos têm base no  Release-16 do 3GPP, que permitirá um nível mais disruptivo e adequado ao uso das redes para serviços de IoT (Internet das Coisas). Clique aqui para saber mais o Release-16. 

Ponto de equilíbrio

Em suma, os testes vão gerar indicadores que deverão confirmar o desempenho de redes privativas 5G às novas tecnologias de IOT, bem como de cada dispositivo em relação à cobertura da rede, de forma a entender o ponto de equilíbrio em termos de custo-benefício da nova tecnologia, tendo importância fundamental neste período de transição, em que são tomadas decisões relevantes de investimentos.

E, ao final do projeto, relata a ABDI, todos os indicadores serão disponibilizados publicamente à sociedade e à Anatel, para que possam ser utilizados por todos os setores da economia.