Por que o fim gradativo das redes 2G e 3G permite o avanço de serviços 5G
Por que o fim gradativo das redes 2G e 3G permite o avanço de serviços 5G
Análise está em relatório da 5G Americas, organização da indústria de provedores de serviços e de fabricantes de telecom
Foto: James Yarema na Unsplash / Delcy Mac Cruz
Manter simultaneamente as redes 2G, 3G, 4G e desenvolver a 5G torna-se ineficiente para as operadoras móveis da América Latina.
A afirmação é de José Otero, vice-presidente para América Latina e Caribe da 5G Americas, organização comercial da indústria composta por provedores de serviços e fabricantes de telecom.
Segundo ele, “o desligamento das redes 2G e 3G pode beneficiar as operadoras que estão investindo no 5G.”
Oportunidade - Em resumo, o desligamento das redes 2G e 3G no Brasil e nos demais países da América Latina representa uma oportunidade para as operadoras desenvolverem os serviços 5G na região.
Relatório - Essa análise consta do relatório “Melhores práticas para o desligamento de redes delegadas para a América Latina”, publicado pela 5G Americas e que explora as opções da indústria e traz exemplos de planos internacionais.
O que são as redes legadas do título do relatório: elas têm um único intervalo de endereços IP global que não pode ser dividido em sub-redes (saiba mais aqui).
Clique aqui para fazer o download do relatório.
Por que a manutenção das redes é ruim: segundo a 5G Americas, para as operadoras móveis a coexistência de redes de diferentes tecnologias torna-se ineficiente.
“Neste contexto, o encerramento das redes mais antigas gera uma redução dos custos operacionais e permite uma maior utilização do espectro radioelétrico [conjunto de frequências associadas às ondas radioelétricas].”
Como é a situação na América Latina: as estatísticas mostram a penetração de serviços de banda larga móvel nos diferentes mercados da região.
A população está elevando o consumo de serviços com maior velocidade de dados, que possibilitam a utilização de aplicações mais sofisticadas e melhoram a experiência do usuário.
Esta situação levou as operadoras móveis presentes na região a analisarem a continuidade dos serviços GSM e UMTS / HSPA [empregados, por exemplo, pela 3G e 4G], uma vez que muitas destas redes têm sido cada vez menos utilizadas pelos consumidores.
“A indústria deve fazer uma avaliação sobre a necessidade de manter ativas as redes mais antigas. Entre os argumentos a favor do seu desligamento destaca-se a falta de utilização por parte dos usuários”, relata o documento.
Destaques do relatório:
ele analisa as redes legadas da região e oferece propostas para o processo de desligamento, destacando a importância de um planejamento estratégico para reduzir custos na administração das redes.
além disso, enfatiza a necessidade de comunicação com os clientes e sugere estratégias para incentivar a migração para novas tecnologias.
a relação com os órgãos reguladores, o planejamento do desligamento e as estratégias para evitar penalidades também são abordados no estudo.
Exemplos citados no relatório
Entre os exemplos citados, estão os casos de desligamento de redes legadas da AT&T, nos Estados Unidos, e da Telus, no Canadá, que mostram as estratégias adotadas por essas operadoras no processo de transição tecnológica.
Indicação
Por fim, o relatório atesta que existe a necessidade de uma maior quantia de espectro radioelétrico na indústria móvel da região para implantar de forma eficiente a nova geração de serviços móveis (5G), bem como otimizar a oferta 4G existente.
“O encerramento de redes GSM ou UMTS / HSPA pode ser uma alternativa adotada pela indústria para aumentar a capacidade do espectro destinado aos serviços LTE, LTE-A e 5G.”