Projeto que integra IA e Metaverso está com vagas abertas (e gratuitas) para indústrias
Por Delcy Mac Cruz
Lançado no fim de agosto, MetaIndústria centra foco na Indústria 4.0
Crédito da imagem: Reto Scheiwiller por Pixabay
De olho na rota da quarta revolução industrial, a 4.0, as companhias do setor passam a contar com o projeto MetaIndústria.
De forma geral, ele se propõe a integrar a inteligência artificial (IA), linhas de produção e ambientes de realidade virtual e aumentada, que integram o metaverso.
Como assim?
Antes de seguir adiante, é preciso destacar que o MetaIndústria resulta de parceria entre a Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) - pessoa jurídica de direito privado criada em 2005, sem fins lucrativos e de interesse coletivo e de utilidade pública - e a empresa de automação industrial SPI Integração de Sistemas, com sede em São Caetano do Sul (SP).
Tem mais: em conteúdo de divulgação, a ABDI atesta que mais de 40 empresas colaboram com o projeto, entre elas Nestlé, Braskem, São Martinho, Bio-Manguinhos, Petrobras, Dexco, Aché, GM e Boticário.
Qual é a estrutura do projeto?
Em resumo, o MetaIndústria está estruturado em três eixos principais de trabalho:
Modelo negócios;
Redução de risco da transformação;
Preparação da mão de obra.
Como o metaverso entra?
Em síntese, o metaverso da Indústria é um diálogo entre as indústrias.
Melhor dizendo: “enquanto algumas tecnologias caem em desuso para alguns, elas são apropriadas por outros”, explicou o gerente da Unidade de Difusão de Tecnologia da ABDI, Bruno Jorge, um dos principais idealizadores do MetaIndústria, durante o lançamento do projeto.
“Permitir a criação desse ecossistema com diversas indústrias, que concordaram em compartilhar as descobertas e avanços com todo o mercado, está diretamente ligado ao nosso objetivo: difundir a tecnologia e gerar um impacto imediato na produtividade do setor industrial”, emendou.
“Experiências geradas dentro desse universo inicial vão se expandir e ampliar a influência positiva e a produtividade no País”, concluiu.
O projeto vai apostar em experiências e capacitações nas áreas de manufatura, produção, gerenciamento, logística, redes, trabalho em equipe e processos.
Como funciona o projeto?
Em primeiro lugar, o conceito de metaverso será aplicado ao setor industrial brasileiro com apoio da tecnologia 5G.
É que a conexão das soluções do projeto se dará a partir de portfólio para redes privativas 5G de empresas como a Nokia, uma das parceiras.
Por meio dessa rede serão utilizados, por exemplo, os óculos virtuais para treinamento de colaboradores e o avançado Factory 5.0, que emprega tecnologias transformadoras de ambientes reais em espaços virtuais com nível detalhado. O motivo? Permitir que gestores testem mudanças de processos antes de eles sejam implantados.
No caso, o MetaIndústria será formado por dois centros de engenharia: um em São Caetano do Sul, onde fica a sede da SPI, e outro em São Leopoldo (RS).
Haverá, também, quatro laboratórios, sendo um de digitalização, outro de automação e mais dois MetaIndústria Labs, dos quais um já funciona na SPI, enquanto outro está em fase de desenvolvimento com a Unisinos, no Rio Grande do Sul.
Como participar?
Para entrar o MetaIndústria, a empresa precisa fazer inscrição, preencher o formulário e atender a critérios básicos para integrar o ecossistema.
Entre eles estão as certificações básicas de ciclos de revisão de processos.
Detalhe: as inscrições são gratuitas e os selecionados, conforme a organização, terão despesas apenas com deslocamento, alimentação e hospedagem durante as etapas do projeto.
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