Redes privativas 5G devem avançar com a Indústria 4.0

Redes privativas 5G devem avançar com a Indústria 4.0

Existem atualmente 66 autorizações para implantação, segundo a Anatel

Foto de JJ Ying na Unsplash  /   Delcy Mac Cruz

As autorizações para implantação de redes 5G em empresas devem crescer com o avanço do conceito Indústria 4.0.

A avaliação é de Vinicius Caram, superintendente de outorgas da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Em entrevista ao jornal Valor, ele prevê uma nova escala de redes privativas com aproveitamento de duas frequências liberadas [2,39 e 3,7 gigahertz].

Esse crescimento, avalia, “se dará com a homologação de novos equipamentos e aplicações voltadas para colocarem em prática o conceito de Indústria 4.0.”

 

Autorizações - Em balanço divulgado em julho, a Anatel relata que existem 66 autorizações de redes privativas em faixas com tecnologia 5G.

 

Planejamento - As redes 5G foram concebidas considerando não somente pessoas, mas também máquinas e sistemas de automação.

 

Dispositivos - Com um número previsto de conexões muito superior às gerações anteriores, será possível conectar uma infinidade de dispositivos.

 

Aplicações - A tecnologia 5G facilita o desenvolvimento de redes móveis privativas, que são essenciais para aplicações avançadas de IoT (Internet das Coisas), AI (Inteligência Artificial) e ML (Machine Learning), permitindo uma maior automação e eficiência nos processos industriais e empresariais​​.

 

Crescimento - Até 2026, o mercado de redes móveis privativas, impulsionado pelo 5G, deve crescer acima de 35% ao ano, impactando setores como segurança, armazenamento e análise de dados​ (IDC)​.

 

Benefícios - Essas redes de telecomunicação são desenhadas de forma personalizada para cada aplicação, sendo adequadas para atendimento do setor industrial, de utilities, agropecuário, de negócios, cujos requisitos de rede podem divergir daqueles ofertados por redes de telecomunicações comerciais.

 

Uso  - Conforme a Anatel, os casos de uso das redes 5G e podem ser agrupados em três verticais:

 

a) Banda Larga Móvel avançada: focada em altas velocidades de download e upload, para as novas necessidades do usuário comum.

b) Controle de Missão Crítica: focada em prover conexão com baixíssima latência e altíssima confiabilidade, voltada para aplicações sensíveis a atrasos e erros, como carros autônomos, cirurgias remotas e controle remoto de maquinário industrial.

c)  Internet das Coisas Massiva: focada em atender grande quantidade de dispositivos IoT, com grande cobertura e baixo consumo de bateria, levando a Internet das Coisas a um novo patamar de atendimento.