Robôs e drones ajudam a limpar a sujeira de paineis de energia solar
Robôs e drones ajudam a limpar a sujeira de paineis de energia solar
Instalados em telhados e no solo, equipamentos estão mais expostos a receber poeira
Foto: AES / Delcy Mac Cruz
A estiagem desértica deste 2024 fez vítimas no agronegócio, caso da cana-de-açúcar, laranja e soja, para citar culturas penalizadas também pelas queimadas.
Por sua vez, essas causaram destruição a cerrados, matas e florestas, assim como ajudaram a emitir particulados e carbono para a atmosfera.
Mais vítimas
Agro a parte, a estiagem também tem gerado outras vítimas.
É o caso, por exemplo, dos paineis fotovoltaicos.
Como se dá o problema: sujeira e poeira decorrentes de ventos secos se acumulam entre e sobre as placas.
Tem mais: as partículas geradas por incêndios se depositam nos paineis fotovoltaicos, impactando a geração de energia.
Situação preocupa? Sim
Número: o país já supera a casa de 2,5 milhões de placas solares em telhados e terrenos, relata a Agência Brasil.
Como resolver essa ‘sujeira’?
É aí que entra a ‘mãozinha’ tecnológica. Por conta das inovações, drones de monitoramento e robôs para limpeza entram em cena para ajudar a acabar com a sujeira.
A AES Brasil, companhia também geradora de energias renováveis como a fotovoltaica (solar), investe em inovações tecnológicas para ‘limpar’ o problema.
No caso, a empresa tem que promover limpeza ‘dentro de casa’, já que possui complexos solares com capacidade instalada de 178,3 megawatts (MW), suficientes para abastecer uma cidade de 800 mil habitantes.
O blog FIEE lista a seguir destaques sobre como a AES atua com inovação tecnológica na gestão de limpeza.
Melhor performance - o emprego de drones de monitoramento e robôs para limpeza de paineis contribui para uma melhor performance dos equipamentos, redução do tempo de atividade e custo operacional, além da segurança dos colaboradores.
Primeira: a AES destaca ser a primeira companhia do país a implantar o uso da tecnologia para limpeza de paineis.
Motivo do problema: nos períodos secos, há uma maior dispersão no ar de poeira. Somado a isso, os focos de incêndio, que têm sido registrados em boa parte do país, emitem ainda mais material particulado que se deposita sobre os paineis voltaicos.
Consequência: isso faz com que os equipamentos recebam menos incidência de luz do sol, impactando na produção de energia.
Novos - recentemente, a AES Brasil adquiriu dois novos robôs para a limpeza dos mais de 550 mil módulos solares dos Complexos Solares Ouroeste e Guaimbê, que juntos possuem uma capacidade instalada de 328,3 MW.
Mais eficiência - os equipamentos são cerca de cinco vezes mais eficientes do que os anteriores, como capacidade de limpar 20 mil placas por dia - ou até 4 mil por hora.
Uso dos drones: eles auxiliam no mapeamento e inspeção das usinas geradoras solares em até cinco horas, sendo, assim, possível identificar ‘pontos quentes’ dos paineis, responsáveis pela queda da vida útil.
Identificação: os drones também apoiam a identificação de “strings” (fileiras de módulos ligados em série) que podem estar fora de operação, onde antes do equipamento, era necessário análise por meio de um conjunto de dados.
Ganhos: com a adoção de novas tecnologias, a AES calcula que a agilidade na identificação dos problemas e reparo das falhas garantem um ganho de 50% na eficiência da operação.