Essas mudanças ocorrem especialmente no âmbito das redes de acesso via rádio (RANs)

Imagem: jannoon028 no Freepik / Delcy Mac Cruz

As redes de acesso via rádio (RANs), infraestruturas de rede móvel composta de estações base de rádio que conecta usuários a uma rede central, são comuns nas cadeias de suprimentos, tais como as da indústria eletroeletrônica. 

Ocorre que essas redes passam por mudanças transformadoras, segundo a análise “5G aberto e RAN virtual integram o futuro das redes sem fio”, divulgado pela empresa de consultoria de negócios Frost & Sullivan.

Para detalhar o que são essas mudanças e as expectativas em torno delas, o blog da FIEE apresenta a seguir destaques do artigo, assinado por Rachita Gandham. 

Confira:

Mudanças em implantação

O setor de redes sem fio está passando por uma mudança transformadora, especialmente no âmbito das redes de acesso via rádio (RANs). 

Tradicionalmente dominado por alguns grandes fornecedores que oferecem soluções proprietárias, o ecossistema de RAN agora está adotando o seguinte:

• Arquitetura Open RAN (O-RAN): Para desacoplar hardware e software, permitindo assim a interoperabilidade entre componentes de diferentes fornecedores.

• RAN virtualizada (vRAN): Para virtualizar as funções de rede aproveitando a infraestrutura baseada em nuvem.

Juntas, essas tecnologias estão maximizando a inovação nos cenários de rede convencionais, enfrentando o desafio de restrições de fornecedores e escalabilidade.

Aproveitamento do potencial de crescimento da RAN aberta e virtual

À medida que os provedores de serviços 5G aceleram as implementações globais, a O-RAN e a vRAN estão remodelando o futuro da tecnologia sem fio, permitindo uma implementação mais rápida, custos reduzidos e desempenho aprimorado para uma variedade de casos de uso. 

Além disso, essa evolução está ajudando os provedores a atender à crescente demanda por conectividade de alta velocidade e baixa latência, especialmente em regiões geográficas mal atendidas.

Crescimento significativo até 2028

Isso implica que, embora a O-RAN e a vRAN representam atualmente apenas uma pequena fração do setor geral de RAN, elas estão preparadas para um crescimento significativo até 2028, superando a RAN tradicional e alterando a dinâmica competitiva. 

“A questão, então, é: como as suas equipes vão preparar as estratégias de rede para o futuro e aproveitar as vantagens da RAN aberta e virtual?”, questiona Rachita Gandham.

Megatendências que impulsionam a adoção de RAN aberta e virtual

As redes dos provedores de serviços de comunicação (CSPs) exigem muitas RANs para cobrir uma cidade, um estado ou uma região, em comparação com relativamente poucas redes centrais. 

Consequentemente, eles sentem a pressão de priorizar o seguinte ao desenvolver as estratégias de crescimento do futuro:

• Abertura e interoperabilidade: Adotar padrões abertos, conforme estabelecido pela aliança O-RAN e pelo Telecom Infra Project (TIP).

• Integração com a nuvem: Aproveitar o software nativo da nuvem, a virtualização da função de rede (NFV) e o fatiamento da rede para minimizar as dependências de hardware proprietário.

• Segurança cibernética: Abordagem de vulnerabilidades em arquiteturas O-RAN e vRAN implementando medidas de segurança robustas e monitoramento contínuo.

• Tecnologias disruptivas: Uso de IA e aprendizado de máquina (ML) para melhorar a qualidade do serviço, aprimorar a utilização do espectro, automatizar a direção do tráfego e otimizar os custos de energia.

• Colaboração: Promover parcerias estratégicas com uma gama diversificada de fornecedores, parceiros de tecnologia, hiperescaladores, fornecedores de software e provedores de hardware para catalisar a inovação e aprimorar a proposta de valor geral dos serviços sem fio.

Mudança de paradigma

Enfim, a adoção de RAN aberta e virtual representa uma mudança de paradigma no setor de redes, permitindo que as operadoras forneçam redes 5G econômicas, dimensionáveis e flexíveis. 

Como as projeções de crescimento continuam fortes e as oportunidades são abundantes, as partes interessadas devem adotar estrategicamente a dinâmica do mercado em constante mudança para permanecerem competitivas, finaliza.