Por que o Brasil puxa a fila quando se trata de investimentos em data centers
Por que o Brasil puxa a fila quando se trata de investimentos em data centers
País se destaca em instalação e expansão de estruturas de processamento e armazenamento de dados
Foto: Pete Linforth no Pixabay / Delcy Mac Cruz
O setor de data centers registra caminho sem volta quando se trata de crescimento acelerado.
Globalmente, esse avanço estima investimentos de US$ 113,6 bilhões em novos empreendimentos até 2029, aponta projeção da consultoria Arizton Research.
O Brasil está mais do que dentro dessa projeção.
Por um motivo: o país se destaca como um dos mais promissores para a instalação e expansão dessas estruturas de processamento e armazenamento de dados.
Por que o Brasil se destaca: players de data centers têm escolhido o país para instalar estruturas por conta, principalmente, da oferta de energia limpa e renovável.
Além dessa oferta energética, o Brasil tem posição geográfica favorável, com destaque à Fortaleza (CE), que é um dos maiores hubs de cabos submarinos do mundo.
No mais, o país também vivencia a própria transformação digital, impulsionada pelas novas tecnologias como a Inteligência Artificial.
Por que a eficiência energética é crucial?
Para os data centers, a eficiência energética é crucial no caso, por exemplo, da Inteligência Artificial.
Explicando: uma vez que o treinamento e o funcionamento de algoritmos de IA exigem enormes capacidade de processamento e armazenamento, esses também exigem eletricidade.
E para o Brasil, em que mais de 70% da oferta energética é de fontes bem mais limpas que as poluentes (derivadas de petróleo), dá para entender porque o mercado de data centers veio para ficar no país.
Oferta de energia também favorece o Brasil?
Sim. Consultorias como a Oliver Wyman estimam que, até 2026, a demanda global por energia no segmento deve crescer 16% ao ano.
Já no caso do Brasil, esse crescimento também só tende a seguir em alta.
Em apenas quatro meses, em 2024, o Ministério de Minas e Energia (MME) registrou demanda de energia para 22 projetos de data center.
Com isso, a demanda deve ir a 2,5 gigawatts (GW) até 2037, ou seja, crescimento de 3,6 vezes no intervalo desses quatro meses - que, então, tinha 12 projetos, destaca o Ministério.